terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Cidades - Brasília comemora 55 anos,jovem senhora.

Brasília completa 55 anos,é um marco urbano do século XX,uma cidade viva,em construção permanente - a cidade do eterno candango,o operário construtor.
Não foge à uma regra quase universal na América Latina; crescimento desordenado,transporte público ineficiente,excesso de veículos particulares e oficiais.
Uma guerra permanente; garantir qualidade de vida para todos.
Patrimônio Cultural da Humanidade desde 1987(Unesco).
Tem suas distinções:
Os pilotis - que permite livre trânsito das pessoas entre os blocos de moradias,é uma de suas marcas.
Os puxadinhos - são invasões de áreas públicas por comerciantes para a pratica do comércio popular.
O cobogó - paredes feitas em blocos vazados,que permite maior ventilação e claridade,é mais do que furinhos na parede.
Para a jornalista Conceição Freitas,"Brasília é um enigma que a medida que você tenta decifrar e vai decifrando,você vai se apaixonando,suas distinções me fizeram descobrir uma Brasília de encantos".
As cidades,no processo civilizatório é um porto seguro,e não apenas selva de pedra ou ente isolado no território: cidades vivem,vibram,se comunicam.São expressões culturais.A ciudad È nos define,individualiza..Cidade é cultura em si.
Paz e Bem!
Prof.Vilmar


terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Habitat - novos desafios e soluções

Em 2016, no mês de outubro acontecerá o Habitat III, em Quito,no Equador,quando mais uma vez a Conferência das Nações Unidas sobre moradia e desenvolvimento urbano sustentável estará na pauta principal das discussões; problemas que impactam o território urbano,desigualdades,migrações,assentamentos urbanos precários,questões de gênero,raça,poluição e mudanças climáticas.
O mundo em que vivemos,tem metade da população (54%)vivendo nas cidades.Estimativas da ONU apontam que até 2050 outros 2,5 bilhões passarão a viver em cidades,sendo que 90% deles na África e na Ásia,lugares de grandes precariedades atuais.
Passados 40 anos desde o Habitat I (Canadá -Vancouver-1976) o mundo não apenas se urbanizou,mas também se globalizou,como resultado,temos uma grande concentração das riquezas,relegando a metade da população mundial estar presente em alguma estatística de pobreza ou precariedade.Enquanto 1% da população concentra metade de todas as riquezas, na escala das nações,o país mais rico do mundo,no início dos anos 70 detinha um PIB 80 vezes maior que o país mais pobre e hoje,essa razão passou para 270!
A concentração das riquezas e o aprofundamento das desigualdades se dá também na remuneração do trabalho,ou ainda,na configuração urbana.Há lugares onde a urbanidade é assegurada em todos os detalhes,enquanto em outros,a urbanidade,quando existe,é um detalhe acessível a poucos.
Lembro que dentro do processo civilizatório,a cidade é o maior feito da humanidade,ou por outro lado, a porta da sua barbárie.
Um bom Natal a todos e sem nenhuma barreira que separe iguais.
Paz e Bem!
Prof.Vilmar

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Um pouco mais de Svetlana Alexienvich.

Jornalista e escritora mordaz,é a mais nova ganhadora do Nobel de Literatura - 14 mulher a recebê-lo.
Ucraniana de nascimento,cresceu e viveu na Bielo Rússia. É uma crítica da União Soviética.
Gosta de afirmar que não escreve a história dos fatos,mas a história das almas.
Sua primeira publicação foi  War uno manly face(1985)foi um relato sobre a guerra que não tem uma face feminina,são experiências vividas pelas mulheres na 2a.Guerra Mundial.
"Tudo o que sabemos da guerra foi contada pelos homens.Por que as mulheres suportaram este mundo masculino e não defenderam sua história,suas palavras e seus sentimentos?".
Em 1990 publicou Garotos de Zinco - uma excepcional narrativa sobre jovens soviéticos enviados ao Afeganistão e que uma grande parte retornava para casa em "caixões de zinco",mortos por uma causa injusta.
Em 1997,publicou Vozes de Chernobyl(tradução livre) - acidente nuclear de proporções catastróficas.
"Você não podia ver a radiação,nem sentir o cheiro dela.Quando viajei para Chernobyl,me disseram:"não colha flores,não sente na grama,não beba água de poços.A morte se escondia em todos os lugares,mas era um tipo diferente de morte".
Lá em Chernobyl não me sentia nem ucraniana nem russa e sim uma representante de uma espécie biológica que facilmente pode ser destruída.
Svetlana Alexienvich é uma cronista implacável,é um monumento do sofrimento e da coragem em nosso tempo.
Paz e Bem!
Prof.Vilmar


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Até quando?

Até quando o modelo industrial de transmissão de conhecimento - pautada na doce ilusão de que todos aprendem da mesma forma,no mesmo ritmo e no mesmo tempo!
Afinal que escola queremos?
Há condições de um autista ser presidente?
Os sem braços  ou sem pernas jogar futebol?
Cego ser cirurgião ou piloto de avião?
Ou...
Conviver com a heterogeneidade humana?
Conviver com as diferenças?
Sempre é bom lembrar os objetivos fundamentais de uma sociedade esclarecida e atuante é;
Perseguir a construção de uma sociedade livre,justa e solidária.
Promover o bem de todos sem preconceitos de origem,raça,cor,sexo,idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Combater as desigualdades sociais e regionais.
É dessa forma que se constroem sociedades justa,livre,pacífica e plural.
Este é o objetivo da escola,pública em especial.
Mas não assim,infelizmente.
No caso brasileiro, a escola pública é ou está deficiente por descaso dos governos,começa pelas precárias acomodações e reduzido material didático - essa escola produz um destino; a formação de uma mão de obra desqualificada que vai alimentar um sistema que reforça as desigualdades.
Não é essa a escola que queremos!
Os personagens protagonistas,os jovens estudantes,em sua grande maioria,não são alienados,descomprometidos,preguiçosos e ignorantes.São rotulados dessa forma.Socialmente são reduzidos a uma condição subalterna.
A escola que todos queremos tem uma família presente nos destinos da educação de todos, grêmios estudantis representativos e atuantes,gestores,professoras e professores voltados a uma formação em que o economicismo cede espaço ao humanismo,a solidariedade,a naturalização quanto a equiparação
de mentalidade,sobretudo entre jovens de classes sociais diversas seja cada vez menor o que favorece
a superação de um conflito tão estimulado em gerações passadas.
"Conhecer a realidade das coisas pode ser doloroso e incômodo.É papel da escola,ter a responsabilidade de transmitir todo o conhecimento de forma crítica".Lamentàvelmente muitos não veem dessa forma.
Essa é a escola que todos queremos!
Paz e Bem!
Prof.Vilmar






terça-feira, 1 de dezembro de 2015

COP 21 e Paris para todos.

COP 21 - Quem vai pagar a conta;quem polui  mais?Quem polui menos?Não existe conta alguma,existe uma questão que pertence à todos,sem exceção - não permitir que a temperatura da nossa morada se eleve nas próximas décadas,depois veremos o que fazer.É muito simples!
Desde Kyoto,a história é sempre a mesma.Cansamos das boas intenções e delas o mundo está cheio.
Vamos conhecer um pouco mais sobre Paris e suas contradições - bela e cruel.
Páris é de todas as gentes - uma grande comunidade é a de argelinos,são mais de 5 milhões aproximadamente.Para muitos,a guerra não acabou,muitos vivem em péssimas condições de vida em determinados bairros da grande Paris.A identidade Franco argelina remonta a guerra da Argélia (1956/1962) e tem influências até os dias atuais.
Os Banlieues parisienses são áreas de população de baixa renda que concentra imigrantes do norte africano e do Oriente Médio,muitos que aí vivem não tem emprego formal - a delinquência é grande,essa é uma Paris pouco conhecida da maioria,lamentavelmente.
Estou seguindo para a Europa,em busca do meu próximo objetivo; sul da Alemanha ,floresta negra e os Alpes,na segunda semana de dezembro e trarei material para o blog.
Paz e Bem!
Prof.Vilmar.