quinta-feira, 30 de junho de 2016

Reino Unido - o que virá depois da consulta popular.

Consultas junto à população britânica não é novidade. Em 1975, 67% dos britânicos optaram por continuar na então MCE(Mercado Comum Europeu),uma espécie de embrião da atual U.E.(União Europeu).
A Grã Bretanha é um estranho no ninho europeu,culturalmente falando.Politica,cultural e economicamente foi própria,está mais próxima dos EUA,assim como a União Européia para o leste europeu.essa separação cultural é muito antiga; a unidade cultural e organizacional do Reino Unido(Escócia,País de Gales e Inglaterra,Irlanda do Norte) é muito anterior aos nacionalismos modernos.
Numa decisão popular,neste caso,traz consequências óbvias,por um lado com a saída,mais autonomia e poder de decisão,parece que esse foi um dos aspectos do Brexit,sobretudo no que diz respeito a estrangeiros em território britânico e o elevado repasse de recursos financeiros para a U.E.tudo em nome da prosperidade,paz e estabilidade no Reino Unido.Será?
Os Estados devem ser o porta voz de sua sociedade civil?
O voto pela saída do Reino Unido da União Européia é o princípio é não o fim de um processo que pode durar muito e cheio de incertezas.
O que resta ao Reino Unido;
Juntar-se a Noruega e a Islândia como membro do espaço europeu(mercado com 500 milhões de consumidores),assim o Reino Unido continuaria a submeter-se às regras européias,mas sem voz nessas regras e continuar a contribuir com Bruxelas(U.E).
Livre comércio com a U.E, numa união alfandegária ou parceria comercial,o mercado britânico é europeu por excelência - produz na ilha e vende-se no continente europeu.
Após o Brexit,duas preocupações:1- riscos da Escócia e Irlanda do Norte buscarem um outro caminho.
Seria o fim do Reino Unido?
2- 2 milhões de britânicos residem/trabalham na União Européia 
Exigências de novas tarifas,regulações,acordos comerciais,circulação de pessoas (entrada de imigrantes)complementam esse quadro e seus desdobramentos.
Paz e Bem!
Prof.Vilmar
Sugestão para leitura; Do cabaré ao lar.A utopia da cidade disciplinar-Brasil 1890/1930.Margareth Rago- Unicamp.Ed.Terra e Paz -História;Estudos brasileiros,1985.




quinta-feira, 23 de junho de 2016

Proteger o planeta,recuperar a terra,engajar pessoas.

Este foi o tema escolhido pela ONU para o dia mundial de combate à desertificação e a seca e suas múltiplas consequências para a vida na Terra, e ocorreu no último dia 17 do mês em curso e com pouca divulgação pela imprensa mundial,o que é lamentável.
A desertificação nos próximos 25 anos pode reduzir a produção de alimentos em até 12%! Hoje,segundo a ONU, 800 milhões de pessoas enfrentam a subnutrição crônica ligada à degradação dos solos: redução da fertilidade das terras,perda da biodiversidade,uso insustentável dos recursos hídricos e as secas estão por trás deste quadro assustador.
É o pior,essa desertificação não é a expansão natural dos desertos existentes e nem vincula-se a biomas desérticos.É um fenômeno resultado da degradação do solo por atividades humanas,como a agricultura não sustentável,mineração uso das terras para pastagens,corte raso da vegetação são as causas que explicam a escassez no fornecimento de alimentos,migrações e instabilidade em várias regiões e Nações.
As tendências atuais apontam para o ano de 2020,que segundo  ONU,cerca de 60 milhões de pessoas partirão das zonas da África Subsaariana e Sahel,para o norte mediterrâneo  da África e Europa.Em termos mundiais,135 milhões de pessoas correm o risco de ter que se deslocar de sua zona de origem para outra em melhores condições devido à degradação dos solos e falta de água.
Os custos sociais são evidentes:
Conflitos sobre recursos hídricos e por solos produtivos;doenças de origem hídrica e alimentar;malnutrição e suas consequências;falta de higiene,água salubre e alimentos,doenças respiratórias e infecciosas.Quem essa conta!
Proteger e regenerar as zonas de riscos,requer ações como; reforçar a segurança alimentar,impedir o aceleramento das alterações climáticas e ajudar as populações que vivem nessas áreas.
Todo dia é dia 17 no combate à desertificação e degradação dos solos e de atenuar os efeitos das secas e cuidar dos solos,mesmo o solo urbano da praça,do seu quintal da sua rua,significa cuidar de toda a vida na terra.Sim nós podemos!Ou não?
Paz e Bem!
Prof.Vilmar


sexta-feira, 17 de junho de 2016

Revendo a história no emblemático Oriente Médio.

Na esfera da discórdia entre judeus e palestinos nos territórios por eles disputados,está o movimento sionista,que foi apontado por muitos como um dos principais fatores nas disputas entre os dois povos e no aumento das tensões no Oriente Médio.
O movimento sionista surgiu no final do século XIX movido pelo apelo religioso de retorno à Terra Prometida,em referência à Colina de Sion, em Jerusalém.A proposta era de construir colônias judaicas na Palestina,que então já contava com uma população de judeus,ou seja,não se tratava de uma terra despovoada,mas de um povo lá estabelecido há mais de 12 séculos (Boulos,G.A Palestina apagada dos mapas.Folha de São Paulo,31 de julho de 2014) e a consequente criação do seu Estado-Nação - Israel.
Em 1947, a ONU aprovou um plano de partilha da Palestina que previa a criação de dois Estados.Um judeu e outro Palestino.A recusa árabe em aceitar a divisão conduziu a uma série de instabilidades geopolíticas na região que gerou sucessivas guerras de modo que ainda hoje se estabelece um conflito entre judeus e palestinos.
Essas guerras,lamentàvelmente,trouxe mortes,destruições e ódio.
Enumerando os conflitos:
O primeiro conflito ocorreu com a recusa árabe em aceitar a partilha e a criação de um Estado judeu.
A segunda guerra ocorreu em 1956,com a decisão do Egito em nacionalizar o Canal de Suez,ato que atingia interesses ingleses,franceses e israelenses.
O terceiro conflito ocorreu em 1967(Guerra dos Seis Dias).
Em 1973, a Guerra do Yom Kippur(Dia do Perdão).
A partir deste último embate,houveram inúmeros avanços na busca de uma paz permanente,mas que infelizmente não atingiu a todos e principalmente o reconhecimento do Estado Palestino.
Até quando,muros,atentados,sequestros,reassentamentos continuarão a dificultar a paz desejada,pelas sociedades civis israelense e palestina? Até quando?
Paz e Bem!
Prof.Vilmar

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Malásia; país islâmico,liberal e tolerante:o melhor modelo.

Um país multiétnico e multicultural que apresenta bons resultados econômicos neste momento em que o mundo sofre com baixos índices de crescimento,não é o caso da Malásia seu PIB cresce cerca de 6,5% ao ano é o terceiro PIB entre os "Novos Tigres Asiáticos ".Ocorre uma industrialização acelerada para os padrões regionais,quando se tem uma economia tradicionalmente alicerçada pelos recursos naturais.Uma tradição em todo o sudeste asiático.
Ciência,Turismo,Comércio e Turismo médico são setores vitais,sobretudo para a geração de empregos,renda e consumo.
Nos setores tradicionais, como o extrativismo mineral e vegetal e que marcou com a presença do explorador europeu, como oImpério Português,posteriormente o Neerlandês e por último o Império Britânico; o estanho e a borracha sempre tiveram um papel importante na economia local,embora com baixos resultados em termos de valorização desses produtos e as consequências sobre a renda e o consumo. O setor primário deixou de ser o carro chefe da economia local,agora a indústria é o seu maior destaque.
Malaios,chineses,indianos e outras minorias circulam no meio de turistas asiáticos e europeus,misturados aos templos religiosos,arranha - céus e intenso comércio,notadamente em Kuala Lumpur,com avenidas limpas,arborizadas, seguras,,além de preços que convidam novos turistas.Atualmente ocorre uma crescente instabilidade instabilidade política,social e religiosa.Cristãos sofrem discriminação e perseguições em vários contextos,embora sem violência.
A Malásia tem trecho do seu território na Peninsula(continente)e um traço insular(Bornéu).Está sob a influência do ventos das monções - vento períodico,regular com direções apostas no inverno e verão - trazendo chuvas excessivas e secas.Nada impede a boa prática de uma agricultura tropical e o turismo.
Com clima equatorial quente é um país MEGADIVERSO, numerosas e variadas espécies da fauna e flora e elevadíssimo nível de endemismo-20% de espécies animais do planeta,são encontrados na Malásia,atrai pesquisadores e cientistas do mundo todo.Segundo a Wikipédia,aqui encontra-se a flor da espécie Refflesia Arnoldii,a maior do mundo,pode atingir 106 cm de diâmetro e pesar 11 Kg,para conferir,vale a pena aprofundar a pesquisa sobre a veracidade desta informação.
A Malásia é independente do Reino Unido da Grã Bretanha desde 1957 e uma Monarquia Parlamentar.
Paz e Bem!
Prof.Vilmar

sábado, 4 de junho de 2016

Brasil:não há surpresa.

Foi com o discurso crítico,exercido por milhares de professoras e professores nas escolas públicas e privadas,mais livros...sempre os livros,que nos foi ensinado e aprendido que a indiferença à política,só interessa quem oprime e manipula.Ou não?
Numa democracia o juiz deve ser o voto.Logo...
Paz e Bem!
Prof.Vilmar

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Refugiados no Mundo - fatos e projetos

Não podemos tolerar que o mar Mediterrâneo se converta em cemitério.Lamentàvelmente é o que está ocorrendo.
Pessoas não deixarão de fugir das guerras,da pobreza,dos conflitos étnicos,religiosos,econômicos,culturais,elas fogem disso, e o caminho mais curto no momento,é a via mediterrânea,aliás,é o caminho mais curto,até pela proximidade desses Estados que produzem o migrante,o refugiado,Afeganistão,Iraque,Síria,Eritréia,Sudão e outros tantos.
O território do sonho,neste particular é a Europa,que tem demorado na busca de soluções para uma questão tão grave,pois envolve seres humanos em situação extrema.
Não é fácil resolver essa complexa situação.A solução,ou parte dela,estaria na Europa?Ou no país de origem do refugiado?Com a resposta,a ONU,a União Eoropéia,o G7,o G20. Todos.Ou não?
O mais curioso é que,no passado,Alemanha,Império Austro-húngaro,Itália Irlanda,Suécia entre outros,despejaram,no século XIX,milhões de camponeses esfomeados para fora de suas fronteiras,possibilitando o reerguimento econômico no século XX,estes que deveriam serem os primeiros a abrir as suas portas,ao contrário,veem em uma dimensão mais larga crescer o preconceito étnico e religioso.
Será que onde vive o ser humano,mora a estupidez?
Um bom exemplo; o Brasil possuía em outubro de 2014,oficialmente 7.289 refugiados,de 81 nacionalidades,haitianos,colombianos,senegaleses,bolivianos,sirios,palestinos,angolanos e outros.
Deste total, 25%, mulheres,incluindo refugiados reassentados.O Brasil em parceria com a ACNUR(Agência da ONU para refugiados) desenvolve um projetor inovador na busca de soluções duradouras para os refugiados - trata-se de um projeto piloto e pioneiro que facilita a migração laboral de refugiados.Todo refugiado chega ao país do refúgio com uma grande bagagem de experiência e diversidade cultural e que traz efeitos positivos ao mercado de trabalho local,além de solucionar ou minimizar a intolerância, a xenofobia e a marginalização.O resultados são bons e podem melhorar.
A Anistia Internacional pede a quem deseja ajudar e divulgar uma petição aos governos da U.E. deve fazê-lo em inglês clicando em SIGN, o mundo agradece.
Paz e Bem!
Prof.Vilmar