segunda-feira, 28 de março de 2016

Inglaterra - Revolução Industrial e a era Vitoriana.

A Inglaterra,em meados do século XVIII - 1760/1860 reuniu vários fatores que favoreceram a 1a.fase da Revolução Industrial na ilha da Grã Bretanha.
-Estabilidades política e unida em suas bases territoriais de entorno:Gales e Escócia:Monarquia absoluta.
-Mão de obra abundante e barata.
-Migracao interna intensa:êxodo rural.
-Hegemonia naval.
-Intensas atividades comerciais.
-Livre de tarifas alfandegárias.
As primeiras manufaturas: lã e algodão - matéria prima originada de suas colônias ultramarinas;Índia e EUA. Da manufatura para o sistema fabril; máquina de fiar - tear mecânico - máquina à vapor com a colaboração dos inventores ingleses.Mais à frente possibilitou uma 2a.etapa - 1860/1900 e ocorreu na Alemanha,França,Rússia e Itália,aqui com a introdução de novas tecnologias,como o emprego do aço,energia elétrica,combustível do petróleo e derivados,motor à explosão,locomotiva à vapor,produtos químicos e derivados.E,numa 3a.etapa - séculos XX e XXI,novos avanços tecnológicos: computador,fax,engenharia genética,celular,robótica e seus múltiplos agregados que vivemos hoje.
Não é possível ignorar dentro deste processo,o reinado da Rainha Vitória(1819/1901),foram 64 anos e um apogeu na política industrial e colonial - uma espetacular prosperidade da burguesia industrial,cujos resultados até hoje são representativos para a sociedade inglesa.
O forte imperialismo e neocolonialismo também trouxeram um peso muito grande para o Estado que mais tarde saberia que iria desaparecer e ficaria o seu legado e as consequências.
Também;
Abolição da escravatura em todo o Império Britânico(1838).
Redução na jornada de trabalho na industrial têxtil inglesa para 10 horas(1874).
Voto para todos os trabalhadores ingleses(1884).
Paz e Bem!
Prof.Vilmar
Sugestão para leitura: recomendo Um Diário Russo de Anna Politkovskaya,editora Roco.Jornalista investigativa,mostra uma Rússia Contemporânea com os olhos críticos de uma oposição.








segunda-feira, 21 de março de 2016

Água um recurso finito que só volta na próxima chuva.

Qual o rumo de uma pequena gota d'água que cai após a chuva? Durante um tempo fica pendurada na folha de uma árvore e passa a observar o mundo ao seu redor e se assusta com a possibilidade de cair numa poça d'água,valeta,boca de lobo,onde caem outras gotas,depois,viaja pela natureza,agora como parte de um todo - a própria água (Domingos Pellegrini-Geração Editorial).
Se peço água num restaurante,o atendente quer saber que tipo de água engarrafada eu quero.Todos temos de beber água.Água é muito importante.Tomamos banho com ela,queremos que ela seja limpa.
Logo,não há nenhuma razão para que a água seja posta em garrafas.No mínimo isso é muito prejudicial.Dentes das crianças deterioram por falta de flúor.Você tem que usar petróleo para fazer as garrafas e despeja óleo no oceano ao importar água,petróleo de outros continentes e tudo isso desvaloriza o bem público que é a água da torneira,que uma parte da população já conseguiu alcançar - água de torneira é um bem público - é preciso acabar com a fetichização das mercadorias (Pensando o Século XX-Tony Judt).
Complementando;
Cada habitante dos EUA,consome mais água que a soma total gasto por habitante da França e do Japão é muito mais que a China e a Índia,países mais populosos do planeta.
Se formos comparar o consumo dos ricos em relação aos pobres,um cidadão americano consome 34 vezes mais água do que um moçambicano.
2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo não tem acesso aos serviços de saneamento básico.
Mantidas as proporções de consumo de água e os padrões de vida atual,do tipo American way of life ou way has/gets her(own)- sempre faz o que quer a sua vontade,em 2025 cerca de dois terços da população mundial viverão em estresse hídrico.
Mudanças nos hábitos e nos padrões de consumo doméstico é uma exigência planetária.
PS-1 em cada 6 pessoas no mundo não tem tem água tratada,ou seja limpa para beber sem medo de doenças.
Paz e Bem!
Prof.Vilmar

segunda-feira, 14 de março de 2016

Thomás Hobbes - Slavoj Zizek - William H.Beveridge: juntos para pensar!

O homem por viver num estado de natureza,onde todos viviam preocupados com seus próprios interesses, seria necessária a existência de um governante forte para apaziguar os conflitos humanos - assim para construir uma sociedade,é necessário que cada indivíduo renuncie uma parte de seus desejos e chegue a um acordo de não aniquilação com os outros - um Contrato Social(Thomás Hobbes(1588/1679)- sua obra Leviatã.Isso sempre foi possível e praticadas em várias sociedades mundiais.Ou não?
Corrupção é próprio da natureza humana?Ou maldade dos homens?
Corrupção é própria do capitalismo e da sociedade humana onde há desigualdade e competição.Ou não?
Um sistema social que tolera e convive com práticas como essas pode falar em ética?
Numa sociedade mundial em que a disputa e a concorrência mediam as relações e por consequência opõem interesses particulares aos interesses públicos e coletivos,como conciliar esses interesses?Qual deveria prevalecer?
William H.Beveridge(1879/1963) - "todo governo deve combater os grandes males da sua sociedade;escassez,doenças,ignorância,miséria,ociosidade,um verdadeiro Estado de Bem Estar Social-Walfare State(John M.Keynes(1883/1946) que reinou até meados da década de 60,a partir daí,um Estado Mínimo,neoliberal.
Slavoj Zizek,autor de Defesa das Causas Perdidas e Primeiro Como Tragédia,depois como farsa(ambos publicados em 2011),afirma que há um caminho pela frente,e sempre temos que enfrentar questões difíceis - principalmente sobre aquilo que queremos;
Qual organização social pode substituir esse modelo atual de capitalismo?
De que tipo de líderes precisamos?
As alternativas do século XX obviamente não serve.
Por favor,não culpe o povo e suas atitudes,o problema não é a corrupção ou a ganância,mas o sistema que nos incita a sermos corruptos.É preciso haver engajamento político e não devemos terciarizar atribuições que são nossas.
Paz e Bem!
Prof.Vilmar
Recomendo para leitura: Pensando o Século XX - Tony Judt - Editora Objetiva.

terça-feira, 8 de março de 2016

O fenômeno urbano global e o vulnerável urbano

As cidades são cada vez mais protagonistas na globalização,principalmente em países como o Brasil,China,Índia e outros em menor escala.
Nesses países,sobretudo o do BRICS,o século XXI está marcando por uma intensa revolução urbana,a produção do espaço urbano,o capital e o Estado são  os maiores protagonistas destas mudanças - essa urbanização é um processo de desenvolvimento desigual - a concentração do capital ($) resulta na formação de gigantescas macrorregiões urbanas,regiões metropolitanas,megacidades e imensas conurbacões,tudo catastrófico para essas sociedades,sobretudo para aquelas menos assistidas pelo Estado, ou abandonada por ele.
As megacidades(ONU-UN Habitat 2008) são determinadas por uma população que ultrapassa os 10 milhões de habitantes,no BRICS,elas são muitas,São Paulo,Mumbai,Nova Délhi,Xangai,Rio de Janeiro,Pequim,Moscou - hoje se fala em Cidades-BRICS(Cities And the global urban phenomenon/Fenômeno Urbano Global - Pedro Cláudio C. Bocaiúva e Sérgio Veloso dos Santos Júnior) Essas cidades são megacidades com atributos de cidades globais.
Deveriam proporcionar: Moradia,Educação,Transportes,Segurança,Saúde,Saneamento básico,Áreas verdes e Lazer e Empregos.Apenas 70% das populações são contempladas,com restrições,dessas necessidades.
Quando os moradores terão direitos à cidade em que vivem?
Diminuir as desigualdades e assimetrias dos territórios urbanos será a bandeira do século atual.
É a questão ambiental urbana?
Como eliminar as Ilhas de Calor?Em certas megacidades,no mesmo ambiente atmosférico,a temperatura chega a variar até 13 graus! A verticalização do centros urbanos(grandes edifícios) e a remoção da vegetação dificulta a circulação do ar e retém o calor.
É a Inversão Térmica,responsável pela difusão de problemas respiratórios nas populações residentes nas megacidades.Ocorre por meio da interrupção temporária da circulação atmosférica,isso acontece d vido a sobreposição de uma camada de ar quente sobre uma camada de ar frio,sem movimentação de ambas,trata-se de um fenômeno natural,que só causa prejuízos em áreas poluídas - fenômeno que dificulta o escoamento do ar poluído gerando graves problemas de saúde e meio ambiente na áreas mais contaminadas.
Fábrica e moradia não podem conviver no mesmo espaço urbano,ou uma ou outra - juntas jamais!
Invariavelmente ocorre a silenciosa chuva ácida.
Sempre vence o capital e a necessidade de trabalho,lamentavelmente!
Paz e Bem!
Prof.Vilmar.

terça-feira, 1 de março de 2016

COP 21 - um desafio e um compromisso.

Em dezembro de 2015 ocorreu em Paris a COP21,todos sabemos ou pelo menos deveríamos saber.A Índia presente na Conferência das Partes,propôs um corte nas suas emissões de carbono de 25% nas próximas décadas.Atualmente sua emissão é de 6% de gases-estufa.
No atual ritmo de crescimento econômico,vai aumentar essas emissões caso atenda às demandas energéticas - A Índia deve adicionar 8 toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano e se utilizar combustíveis fósseis será catástrofe ambiental.
A questão energética indiana é a seguinte,atualmente:
70% da eletricidade é proveniente do carvão.
17% é gerado por hidroelétrica.
10% é gerado por energia solar/eólica.
3% é gerado por energia nuclear.
Aproximadamente 50 milhões de indianos não tem acesso à eletricidade.
Está claro que é preciso investir em energias renováveis - um desafio e um compromisso.
Um exemplo a ser seguido;
Dharnai ,vilarejo na Província de Bihar, vivem cerca de 3 mil pessoas,aqui os ricos usam painéis solares no telhado,mas eles são poucos.Os pobres se viram com querosene para acender lâmpadas ou ventilador.
O Greenpeace improvisou um microgrid de energia solar em Dharnai.É um projeto importante,eles querem provar que é possível abastecer a Índia sem aumentar a mineração do carvão e como consequência a emissão de CO2.Esses painéis fornecem energia ao custo de 1US$ ao mês ou seja representa 10% do orçamento familiar.Sim,é possível!
A crítica; ainda é uma alternativa cara,talvez uma solução ou parte dela para as grandes cidades indianas,onde as pessoas podem pagar por ela.
Um enorme desafio;
Vivem na Índia 1,2 bilhão de pessoas,em 2030 serão 1,5 bilhão.
20% vivem na extrema pobreza.Para tirar esses 20% de condição de extrema pobreza,precisa crescer 7% ao ano durante os próximos 10 anos - isso significa dobrar o PIB nos próximos 10 anos!
Será possível atingir essa meta sem destruir o meio ambiente?
A China saltou o PIB de US$ 1 trilhao em 1998 para 15 US$ Trilhões em 2015.
Tornou-se um país de classe média,com um preço mais muito alto.
Com um enorme impacto ambiental!
Sobre a maioria da população indiana ou chinesa dois males adjacentes;
Crianças deixam de ir a escola e adultos que não podem trabalhar por estarem doentes.
Comprometimento da rede pública de saúde,precária e até inexistente em certas cidades.
Desafios,compromissos,impasses,prioridades norteiam as escolhas sobre a vida no planeta Terra.
Fontes(Cop 21-debates de grupos de estudos)- Opera Mundi - Greenpeace).
Paz e Bem!
Prof.Vilmar