ESTADO LIVRE E SOBERANO DE CHIAPAS - 1994-2014 - 20 anos depois.

Chiapas fica no sul/sudoeste do México, um Estado miserável,que sempre foi abandonado pelo poder central - a pobreza é extrema, a subnutrição também, mortalidade infantil uma marca difícil de apagar.Mudanças ocorreram, mas é preciso muito mais. São cerca de 3,8 milhões de habitantes e que vivem numa região geográfica espetacular! Vale a pena conhecer,rios, cachoeiras, montanhas, florestas, uma incrível diversidade também de empresários, fazendeiros, sem terras, soldados, burocratas, políticos, guerrilheiros e índios, muitos índios,1/3 da população é de origem maia e não fala o espanhol. Exclusão social e pobreza predominam em Chiapas. A economia é baseada na agricultura, pecuária, coleta, nas áreas mais valorizadas pelos brancos planta-se café. O artesanato e o turismo arqueológico, são inúmeros os sítios maias têm dinamizado um pouco, claro que pouco fica para os locais; lixo em abundância. É histórico o abandono da população pelo governo central. Um pouco de história;na madrugada de 31 de dezembro de 1994 ocorre o Levante Zapatista- Guerra de Chiapas; confronto armado entre o EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional) contra as forças armadas(exército)mexicano, foram 12 dias de luta, os revoltosos defendiam o direito a justiça, defesa dos direitos indígenas e dos pobres não índios, ou seja a maioria.A guerrilha conseguiu bons resultados, os EUA, que neste mesmo dia criava o NAFTA (Acordo Comercial entre EUA, Canadá e México)solicita ao governo central uma trégua, que foi vista pelos zapatistas como uma vitória! Estava sendo criado um Estado Rebelde, controlado pelo subcomandante Marcos. "Tudo para todos, nada para nós". "O povo comanda, o governo obedece", slogans que lembram em muito os movimentos de junho no Brasil - sem hierarquia, rostos cobertos, sem um comando - a marca zapatista é a horizontalidade nas relações - sem comando, sem comandado. Na Carta Maior, um artigo de Eduardo Fabbro de 02-01-2014, um trecho interessante que reproduzo; " Estas são terras rebeldes e muito pobres. Aqui, as palavras cheias de símbolos e poesias do subcomandante Marcos não têm lugar. Essa é a realidade. respira-se a dupla força da humildade e da dignidade. Hoje há festa. O ano velho se vai em meio a névoa, a garoa e o frio cobrem o local onde o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) organizou a celebração dos 20 anos do Levante Zapatista (1994/2014). Quer saber mais? Acesse www.brasildefato.com.br. Paz e Bem! Prof.Vilmar