terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Habitat - novos desafios e soluções

Em 2016, no mês de outubro acontecerá o Habitat III, em Quito,no Equador,quando mais uma vez a Conferência das Nações Unidas sobre moradia e desenvolvimento urbano sustentável estará na pauta principal das discussões; problemas que impactam o território urbano,desigualdades,migrações,assentamentos urbanos precários,questões de gênero,raça,poluição e mudanças climáticas.
O mundo em que vivemos,tem metade da população (54%)vivendo nas cidades.Estimativas da ONU apontam que até 2050 outros 2,5 bilhões passarão a viver em cidades,sendo que 90% deles na África e na Ásia,lugares de grandes precariedades atuais.
Passados 40 anos desde o Habitat I (Canadá -Vancouver-1976) o mundo não apenas se urbanizou,mas também se globalizou,como resultado,temos uma grande concentração das riquezas,relegando a metade da população mundial estar presente em alguma estatística de pobreza ou precariedade.Enquanto 1% da população concentra metade de todas as riquezas, na escala das nações,o país mais rico do mundo,no início dos anos 70 detinha um PIB 80 vezes maior que o país mais pobre e hoje,essa razão passou para 270!
A concentração das riquezas e o aprofundamento das desigualdades se dá também na remuneração do trabalho,ou ainda,na configuração urbana.Há lugares onde a urbanidade é assegurada em todos os detalhes,enquanto em outros,a urbanidade,quando existe,é um detalhe acessível a poucos.
Lembro que dentro do processo civilizatório,a cidade é o maior feito da humanidade,ou por outro lado, a porta da sua barbárie.
Um bom Natal a todos e sem nenhuma barreira que separe iguais.
Paz e Bem!
Prof.Vilmar

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