Stefan Zweig,escritor austríaco que viveu no Brasil,Petrópolis em 1941,acreditava estar vivendo num país cuja marca seria a prosperidade:Brasilien:Ein Land!Expressão cunhada há 80 anos que até hoje nos persegue e parece cada vez mais distante.Com a pandemia;;Acesso à água encanada e esgoto tratado,cruciais para prevenir contágios e contaminações,as carências são escandalosas;A Pesquisa sobre Amostragem Domiciliar(IBGE);72,4 milhões de brasileiros ainda vivem em domicílios sem acesso à rede de esgoto o que representa 33,7% da população
Em janeiro de 2020,56% da população vivia em áreas com menos de 10 leitos de UTI do SUS*,por 100mil habitantes;Das 361 regiões de saúde com leitos de UTI pelo SUS;142 não possuíam leito algum!Essa população desatentada concentrava-se no Nordeste-30,5%,Norte com 22,6% e Centro Oeste com 21%.A pandemia revelou a importância de investimentos públicos num setor vital - saúde.
O mundo do pós pandemia comeča a ser construído durante a própria pandemia.Abissais desigualdades estruturais e as incertezas do pós pandemia em ano de eleição.O estado mínimo na proteção social toma a forma concreta de um estado penitenciário (as prisões da miséria-Loic Wacquante).Nas favelas e periferia brasileiras o poder público sempre esteve ausente na garantia do bem estar da população.
Pandemia aponta que não somos iguais:desigualdade escancarada:doença/morte tem cor,classe social,idade,escolaridade e localização espacial.
*SUS - Sistema Único de Saúde.
Fontes:Curto-Circuito,Dra.Laura Carvalho- O vírus e a volta do Estado.Ed.Todavia 2020.Marcos Nobre,Ponto Final.Nassif Pires,Luiza Xavier,Laura Lima - Covid 19 e a desigualdade no Brasil e Research Gate.abr.2020.Disponivel:https://wwwResearch Gate,Net publication/340452851 - Covid 19 e a desigualdade no Brasil.
Paz e Bem!Prof.Vilmar
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