segunda-feira, 11 de abril de 2016

Petróleo - o mercado mudou.

Afinal o preço do barril de petróleo vai aumentar ou vai baixar?O mercado do petróleo vem sofrendo profundas modificações: se até pouco tempo atrás a Arábia  Saudita e a Rússia lideravam a produção mundial,hoje quem é o maior produtor são os Estados Unidos que coloca para o mercado internacional cerca de 4 milhões de barris/dia! Equivale a produção conjunta da Nigéria,Líbia e Angola.
Milagre?Nao.Tecnologia a serviço do capital.Quem diria,os Estados Unidos até um passado recente proíba exportações de petróleo.Hoje,dá -se ao contrário.
Essa ferramenta inovadora na produção petrolífera chama-se Fracking - injeção de água,areia,líquidos químicos nas rochas xistosas subterrâneas,dessa forma,as fissuras nas rochas são ampliadas,possibilitando maiores retiradas desses recursos do interior dessas rochas.O uso do Fracking é determinantepara a oferta do petróleo,assim colocou os EUA no topo dos produtores de gás natural e aumento substancial na produção de petróleo.Esse excedente derrubou os preços nos patamares de hoje, 39 a 40 U$ o barril e constituindo em mais um fator de desiquilibrio na instável economia mundial.
Países,como a Venezuela,Iraque,Irã, e a própria Rússia,dependentes dessas exportações,enfrentam sérias dificuldades internas.
O Brasil,que destaca-se pelas reservas ultra profundas do pré-sal,ressente-se destes preços baixos,pois o custo de exploração é muito maior.
Ambientalistas afirmam que essa modalidade de exploração - o Fracking é nocivo ao meio ambiente: produz terremotos leves,poluição de aquíferos e lençóis freáticos.Regras para o uso do Fracking já estão em uso;empresas devem isolar seus poços com barreiras de concreto e total transparência quanto ao uso de substâncias químicas utilizadas.
Outros fatores que explicam a queda brutal no preço do petróleo e gás natural;
-Aumento na produção de petróleo no Iraque em 1 milhão de barris em 2015.
-Retorno do Irã ao mercado internacional com o fim do embargo econômico - fim das sanções internacionais após acordo nuclear com o Grupo 5+1.São mande 3 milhões de barris/dia,com perspectivas de aumento este ano.
-Arabia Saudita,mantém sua cota de produção e pode até aumentá-la - tem o menor custo de produção do mundo,assim,produzir mais ou menos não interfere nas suas finanças.
-A China,o maior comprador mundial,com um consumo de 11 milhões de barris/dia! Dá sinais de desaceleração, ver PIB chinês,previsão de queda acentuada este ano e que já vem acontecendo nos últimos anos.Essa crise na China exerce pressão negativa no mercado petrolífero- compra menos,logo,oferta maior de petróleo e gás natural.
Outros fatores; inverno ameno no Hemisfério Norte - diminuição de gasóleo para aquecimento.Menor demanda = menor preço.
Por último a inoperância da OPEP- cartel criado para manter preços altos em benefício do produtor e em detrimento ao consumidor,perdeu força e prestígio com o surgimento de novos produtores para o mercado internacional,fora do Cartel - Rússia e Países Africanos fiéis parceiros da China.
Paz e Bem!
Prof. Vilmar

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