sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A história vai se repetir na Siria?

Há pouco mais de uma década, o Iraque foi invadido pelos EUA e aliados, Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa e era uma ameaça aos países livres do ocidente, especialmente. Era mentira, foi um pretexto para a invasão, trouxe a morte a destruição e muita violência, até hoje não contida, numa sociedade dividida e maltratada. A história pode-se repetir na Síria? Para uma dos aliados fieis aos EUA, e que participou da invasão Iraque, não, ontem o Parlamento Britânico votou contra uma ação militar na Síria, impondo um revés liderado pelos EUA. Os cidadãos americanos, após pesquisa, apontou para 90% de contrários a uma operação armada. São contra, a China e a Rússia. Com o governo americano está a França, portanto o próprio Conselho de Segurança Permanente da ONU é contra, são três contra dois nesta questão. Em solo da Síria observa-se a carnificina da sociedade civil que já consumiu 100 mil vidas desde 2011, são milhões os desalojados internos e refugiados em campos de países vizinhos. Além do custo humano, o país está em ruinas. A comunidade internacional nada fez. É uma questão de poder, um jogo muito mais de interesses do que a preocupação com a população civil. Quem fez o ataque químico? Um pouco da geopolítica do Oriente Médio. A Primavera árabe, trouxe mudanças de regimes políticos em vários países, Tunísia, Líbia, Egito, Iêmen. Na Síria e no Egito, uma verdadeira guerra civil; extremistas locais e estrangeiros atuam na região, recebem apoio logístico e financeiro externo. No caso Sírio, o Presidente Bashar Al Assad é um aliado estratégico da República Islâmica do Irã e do Hezbollah Libanês,os países ocidentais não veem com bons olhos essa aliança. O confronto é entre o exército sírio e rebeldes. Quem são os rebeldes que lutam na Síria? Milicianos do Exército Sério Livre (ESL), a AL Qaeda, Frente Nusra, são extremistas jihadistas e combatente da Tchetchênia, Paquistão e Egito, além de mercenários que combateram na Líbia. Quem financia armas aos rebeldes? As más línguas afirmam que são o Qatar, a Arábia Saudita e a Turquia. Inspetores da ONU estão na Síria e poderão trazer um pouco de luz nessa questão de armas químicas. Quem as utilizou? Vamos aguardar, mas acho pouco provável um esclarecimento consistente. Paz e Bem! Prof. Vilmar

Um comentário:

Sophia Bellatri disse...

Oi Professor! Você poderia falar um pouco mais sobre a relação dos EUA com o Conselho de Segurança? Não foram poucas as vezes que os EUA, mesmo fazendo parte do Conselho, agiu desrespeitando a decisão. No caso da Síria, não seria surpresa se isso se repetisse.

Abs
Gabriella