Rio Xingú - ontem, hoje e como será o amanhã?

Em 1945, a expedição Roncador-Xingú,lançou-se para desbravar os sertões dos rios Xingú e Tapajós, era a marcha para oeste, os irmãos Claudio e Orlando Villas Boas, oferecem um testemunho excepcional(A epopéia da Expedição Roncador-Xingú-A marcha para oeste-Companhia das Letras).A longa permanência entre os povos indigenas da região, baseado numa relação de respeito e na convivência pacifica, os irmãos e seus colaboradores, como o Marechal Candido Rondon, Darcy Ribeiro e Noel Nutels, tranformaram o conceito do Brasil na sua ancestralidade-Surge o primeiro Parque Indigena Nacional-Parque Nacional do Xingú.
Na página 382 do livro A Marcha para o Oeste, um relato;...Desde que atingimos o grande vale do Xingú,estamos em contato com quase todas as tribos que povoam o vale.Não devemos esquecer que cada maloca abriga um povo tão digno de subsistir como qualquer um dos povos civilizados.Todos eles se debatem para não desaparecer, sustentando uma luta desigual com a morte.É um erro pensar que um indio é um indiferente ou fatalista.Como todas as criaturas,ele é um ser que vibra,que pensa no futuro e que chora saudoso o passado pujante da sua nação,pois essas tribos que habitam o alto Xingú foram,há algumas dezenas de anos,poderosas nações.Cada tribo,ocupando enorme área,possuía diversas aldeias densamente povoadas.Guerras,epidemias e a presença de brancos;agricultores,madeireiros,garimpeiros,usinas hidrelétricas,rodovias contribuiram para o inevitável.
Não devemos nos esquecer de que até ONTEM esta vasta região do centro do país era desconhecida.O limite do pais civilizado morria no rio Araguaia.Essa região contribuiu muito para o conhecimento do indio brasileiro.Era uma espécie de refúgio das pressões sofridas pela presença dos invasores civilizados.Outras sociedades preservam suas civilizações e nós?Amanhã continua.Paz e Bem! Prof. Vilmar