sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Egito; amenidades num ambiente conturbado

Agradeço ao José Carlos Lobo Barbosa pela visita e contribuição com o seu trabalho; levarei aos meus alunos neste semestre para leitura e discussão.
O Egito tem despertado muita curiosidade nas últimas semanas pela intensa manifestação popular em relação ao Governo e futuras escolhas,as mudanças serão inevitáveis, li nos jornais de ontem que cerca de 40% da população vive abaixo da linha da pobreza, o que é inaceitável.
Selecionei algumas curiosidades sobre o País; a televisão é estatal; as produções egipcias são extremamente recatadas e cenas mais picantes nem pensar. Os filmes americanos ou europeus, que apresentem cenas consideradas "fortes", são cortadas. A TV não mostra nenhum comercial. É possivel entender a importância da Internet e do telefone celular nessas manifestações que culminarão com a queda do governo; A imprensa mundial tem vinculado fortemente as manisfestações populares pelo uso das redes sociais-excepcional novidade e principalmente quando se trata de um país conservador e muito arraigado nos valores religiosos.
Entre os egipcios e muçulmanos em geral a mão direita é usada para fins nobres; já a mão esquerda, para fins pouco nobres,
Beijos entre casais em público, nem pensar - para não despertar imaginações impuras.
Beijos entre homens é comum (três na face).
Homens andam de mãos e braços dados, é comum no Cairo, ou Alexandria observar dois homens em via pública, conversando e ligados pelos dedos menores como se fosse um elo (gancho).
As moças egipcias, em pricipio casam virgens. A moça solteira não pode manter conversa com homens. Nas escolas, meninas e meninos sentam separados. Para os árabes, a mulher é uma flor tenra que precisa ser conservada. Usam o "Purdah" (véu) que escondem os cabelos. Mulheres casadas não mostra os cabelos, apenas para o marido e familires.
O "Nequab" é uma vestimenta islâmica que cobre as mulheres da cabeça aos pés.Com essa vestimenta, são vistas apenas os olhos.
É claro que todas essas curiosidades são unanimidade na população, as mudanças são muito rápidas e passam a ser alvos preferidos dos radicais com essas "modernidades" produzidas pelo ocidente.
É interessante lembrar que há uns 60 anos atrás, ou mais ou menos, no Brasil as mulheres andavam com vestidos longos até os calcanhares e com véu na cabeça.As mulheres ocidentais mudaram e mudam de trajes em pouco tempo.Até. Paz e Bem! Prof. Vilmar

2 comentários:

Higor disse...

Professor, muito interessante o texto. Acredito que todos, independente de sexo ou religião, merecem liberdade de expressão e respeito a cidadania. Mubarak não apenas representa um atraso para o Egito, mas um dinossauro parasita que consome todas as forças dos egípcios, que, hoje, se manifestam. E, com certeza, mudarão a própria realidade. Espero que a sociedade brasileira siga o exemplo dos africanos e se reúna para tirar outro dinossauro "sugador" chamado Sarney.

Fabio disse...

Professor Vilmar.
Seu texto ajuda as pessoas que o lêem a se aprofundarem nesse assunto um tanto polêmico que está em jornais do mundo todo. Gostaria apenas de comentar que hoje li o The New York Times e os jornalistas do mesmo dizem que o atual presidente está apenas respeitando a constituição do país, que é se manter no poder, até um novo candidato aparecer para uma eleição. Querendo ou não, Mubarak está certo. Inclusive, em minha opinião, ele está sendo até justo dando parte do poder ao seu vice-presidente Suleiman, como dito na reportagem do The NY Times.
No Egito, eles estão lutando pelo fim de seu mandato de 30 anos, acho isso um ato considerável.
Está certo que o país é regido sobre a ditadura, mas o povo deve ter paciência.
A cultura do país é muito diferente da nossa, não podemos julgar ou questionar seus costumes.