segunda-feira, 14 de março de 2011

EUA; impasses e a dura realidade

Quem imaginaria, a maior economia com um crescimento pífio, desemprego elevado, desigualdades, governo com baixa aceitação popular e com sérios problemas externos como veremos neste trecho do artigo; Império; O militarismo americano, de autoria de William Pfaf e publicado pelo Le Monde Diplomatique em 1 de fevereiro de 2011;
Há dois séculos e meio, o conde de Mirabeau escreveu sobre o pais mais poderoso na Europa, na época. "A Prússia não é um Estado que possui um exército, é um exército que conquistou uma Nação." Essa descrição aplicaria-se muito bem aos Estados Unidos de hoje.
Entre o inicio da Guerra Fria e a atual guerra no Afeganistão, não tem faltado oportunidade para os Estados Unidos se envolverem em combates; guerra da Coréia, guerra do Vietnã, invasão do Cambodja, operações militares no Líbano, Granada, Panamá, República Dominicana, El Salvador(indiretamente); Somalia(primeiro sob mandato da ONU, em seguida através da Etiópia), duas invasões do Iraque e uma no Afeganistão. Com a exceção da primeira guerra do Golfo em 1991, nenhuma dessas expedições mereceria o título de vitoriosa.
Dentro de suas próprias fronteiras, os EUA permanecem invulneráveis a qualquer ataque convencional. Não se pode dizer o mesmo de suas tropas posicionadas nos quatro cantos do mundo.
A segurança do país poderia ser mais garantida se a sua politica externa finalmente virasse a página de 50 anos de intervencionismo e negociasse a retirada do Afeganistão e do Iraque sem se intrometer de forma agressiva nos assuntos dos outros. Essa mudança viria, claramente, com umalto custo politico no país e no exterior. Chegou o momento para que os líderes desse país fixem um novo curso. Será que eles terão vontade e capacidade politica e ideológica?
Nas últimas eleições os democratas prometeram aos eleitores, a total retirada das tropas do Iraque e Afeganistão e a desmobilização da base de Guantánamo. Eleitores americanos aguardam o cumprimento das promessas. Paz e Bem! Prof. Vilmar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá professor!

É sempre interessante analisar essa grande potência mundial porém é importante olhar com mais sutileza a situação da nação americana, que está hoje com taxa de desemprego quase de 9% e sofrendo previsões desagradáveis, tais como a recém prevista pelo Citigroup, no relatório "3 G - Geradores Globais de Crescimento", que, otimista e ambicioso, indica que a China supere os EUA antes de 2020. E também que a Índia, em 2050, terá ultrapassado a China e se tornará a maior economia mundial, com os EUA em terceiro. É impressionante pensar que EUA podem perder o posto, parece que já somos uma civilização acostumada com a "soberania" americana. Isso mudando ou não, com certeza os EUA tem com o que se preocuparem. Com o que e com quem.

Abraço
Thayná 3 9